Espanhóis comemoram o primeiro gol na partida
O ginásio Newton de Faria, em Anápolis (GO), ficou em silêncio no fim da manhã deste domingo (24/10). A Espanha derrotou o Brasil por 2 a 1 na final do 6º Grand Prix de Futsal e calou os mais de seis mil torcedores que compareceram para assistir a decisão do torneio.
Com a vitória, os espanhóis quebram a hegemonia brasileira na competição, pois, nas cinco edições anteriores, o time verde e amarelo tinha vencido todas. Além disso, a Fúria devolve a derrota na final da Copa do Mundo de Futsal de 2008, quando o Brasil saiu vencedor.
No jogo, os primeiros minutos foram de muito estudo por parte das duas equipes. Brasileiros e espanhóis foram cautelosos e optaram por administrar a posse de bola, sem arriscar muito no ataque. Na primeira grande chance do jogo, a Fúria abriu o placar. Aos 5min53, o pivô Alemão carregou a bola livre pelo meio e tocou para o ala Rafa Usín, que chutou na saída de Tiago para marcar o gol.
O Brasil tentou responder imediatamente, mas encontrava dificuldades para achar espaços na defesa adversária. A solução foi pressionar a saída de bola para evitar os perigosos ataques da Fúria e tentar pegar o rival desorganizado. No entanto, quando os brasileiros tinham a posse, sofriam com os passes errados. Nos dez primeiros minutos, foram 12 contra apenas quatro dos espanhóis.
Por outro lado, a Espanha aproveitava a tranqüilidade de estar vencendo a partida. Organizada, a equipe teve chances de aumentar a vantagem em três oportunidades. Em duas, Tiago fez boas defesas e evitou o gol. Quando o goleiro brasileiro esteve batido, o chute por cobertura do fixo Aicardo tocou no travessão e voltou para a quadra. No rebote, Pola mandou para fora.
A quatro minutos do fim, os brasileiros tiveram a chances de empatar quando o goleiro Luís Amado entrou com o pé alto sobre o ala Falcão, e o árbitro marcou tiro livre indireto. Na cobrança, o ala Ari rolou a bola para Falcão, que chutou rasteiro, mas a defesa espanhola conseguiu afastar.
Se o Brasil tinha a posse e não aproveitava, a Espanha criava chances até em lances no campo de defesa. Aos 15min51, o fixo Ortiz recebeu a bola e, ainda perto da área do goleiro ibérico, percebeu Tiago adiantado. Com um chute perfeito, o espanhol encobriu o arqueiro brasileiro, que ainda viu a bola tocar no travessão antes de entrar.
Segundo tempo
Para o segundo tempo, o Brasil voltou diferente. O técnico Marcos Sorato colocou o pivô Vander Carioca para se infiltrar na defesa espanhola. No primeiro lance, a mudança tática funcionou e o fixo Carlinhos saiu livre com Luis Amado, mas tocou para fora. A pressão continuou, e o Brasil chegou a acertar a trave, mas não marcou.
Avançando cada vez mais, o Brasil correu riscos, mas, aos 27min04, o time verde e amarelo chegou ao primeiro gol. O ala Fernandinho recebeu passe no meio e partiu para cima de três espanhóis. Na saída do goleiro Luis Amado, o brasileiro bateu no ângulo e fez explodir a torcida no ginásio Newton de Faria.
Empurrado pelos mais de seis mil torcedores, o Brasil encurralou a Espanha, que reforçou o sistema defensivo para segurar o resultado. Com boas chances de marcar, especialmente em finalizações de longa distância, o time verde amarelo só não empatou por causa de duas boas defesas de Luis Amado em chutes de Carlinhos e Wilde.
Com poucos mais de quatro minutos para o fim, o Brasil levou o jogo às últimas conseqüências quando entrou com Falcão de goleiro-linha. Apesar da pressão, os brasileiros pararam mais uma vez em Luis Amado e na defesa espanhola. Após o apito final, houve muita comemoração espanhola e, reconhecendo a luta dos jogadores, a torcida gritou “Brasil, Brasil”.
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